terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Falando a verdade!!

É sem sombras de duvidas que estamos vivendo uma era onde predomina a correria do dia a dia e a falência dos ideais, e sem falar que constantemente colocamos em detrimento uma tarde de felicidade com nossa família para viver horas e horas, preocupados com a bolsa de valores e sem falar dos que consomem seus dias frente a uma televisão vendo de tudo e vendo nada ao mesmo tempo.
O filho chega em  casa joga a mochila no sofá, corre para seu computador onde encontra um mundo de coisas  novas, que querem sugar a psique.
A mãe depois de chegar do seu analista se consome em brigar e reclamar por que ainda as coisas não estão como deverei estar, por que ninguém compreende o que ela realmente quer?
O pai ao chegar cansado do trabalho, depois de um banho quente o que mais quer é assistir seu jornal nacional.
E por fim depois de todo o enredo de correria  e tristeza por não conseguir os objetivos  propostos, sobra a religião para consolar e anestesiar sua dor “ dizendo corra menos no próximo dia Deus proverá o necessário".
 Esse individualismo exacerbado ou hiperindividualismo, aliado ao hiperconsumo nos leva a conhecer uma religião mercado: na placa esta escrito entre e se divirta procurando o que é melhor para você, encontre aqui o deus que melhor lhe apraz, viva como melhor lhe for.
Enfim, anúncio a todos o que já é notório, mas poucos pensam em dizer, vivemos além da era da correria a era da falência, falamos aqui da falência da ética e moral , falência do ideal de família correta , falência no sistema de ensino ,falência de punidade,  falência do sistema judiciário e legislativo, haja vista que para os colarinhos brancos nada acontece.
Por fim após corrermos e falirmos de vez, iremos dizer como disse a Macabéia no livro de Clarisse Lispector “ e quanto ao futuro ?”.
Aonde vamos parar caros amigos?
E quando não agüentarmos mais andar e correr?
E quando nosso filho não ter mais senso critico em virtude dos jogos e links que nada acrescem no seu caráter e formação do eu?
Quando só nos restar os asilos fétidos e ninguém mais nos for visitar?
E quando o analista não mais resolver, e nossas esposas estéricas gritarem que estão sendo seqüestradas por uma bolsa gigante chamada Louis Vuitton.
E quando nós ,olharmos pela janela e vermos tantos muros que separam, iremos dizer: o que adiantou correr tanto e morrer falido?
   Ai meu caro, iremos chorar e nossas lagrimas se associaram a nossas lembranças e iremos dizer     
penso e logo não existo, por que meus pensamentos mostram-me que meu viver foi somente um rastejar, rastejar por migalhas, pois o que era essencial estava invisível aos olhos.
Num súbito instante iremos nos deparar com deus sentado sobre a tecla do computador te dizendo: faça seu login.


  

Um comentário:

  1. Adoro o jeito como escreves.
    Mostra-te que és extremamente catedrático na forma de transmitir tudo o que pensamos em forma de código que faz-nos ficarmos boquiabertos.
    Um abraço do Eduardo.

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