domingo, 8 de maio de 2011

As mãos de minha mãe.

Hoje parei para pensar nas mãos de minha mãe.
Mãos que me acolheram desde pequena
Mãos que acariciaram
Mãos de me deram o primeiro banho
Mãos que me ensinaram a andar
Mãos que preparam os melhores alimentos
Mãos que levantadas, me ensinam o caminho para ser feliz
Mãos que juntas me ensinam que na vida a espiritualidade é importante
Mãos que fazem do seu trabalho um exemplo de vida
Mãos que ao tocar a minha mostram que seguindo seu caminho eu também feliz posso ser
As mãos de minha mãe Tornaram-se grandes
Para amparar os meus sonhos
As mãos da minha mãe
Hoje recebem o meu carinho
Com beijos e afagos
De um filho agradecido.
Faça isso com a sua também.
Nem se que seja por pensamento.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Independência

A verdadeira e real independência que podemos exercitar na vida é aquela ditada por nossa interioridade. Mas ela só se torna possível se aprendermos desde muito cedo a manifestar nossa vontade sem medo.

Aqueles que não tiveram a sorte de desenvolver-se num ambiente em que sua liberdade tenha sido estimulada e, ao contrário, foram reprimidos desde muito cedo na manifestação de seu poder interior, certamente seguirão dominados por uma profunda insegurança, sempre à espera da aprovação exterior.

Desconstruir tal condicionamento não é uma tarefa fácil, requer uma atenção permanente sobre nossos próprios sentimentos e desejos, e uma grande coragem para ir contra o julgamento alheio, que muitas vezes nos cobra um preço alto.

Mas não há outra maneira de fortalecer a auto-estima, senão confiar nos próprios insights. Nosso guia interior -que nos direciona para a verdade, o bem e a luz-, está sempre presente, à espera de nosso reconhecimento.

O problema é que não fomos ensinados a acreditar nele, mas sim no julgamento que o restante do mundo nos envia. Afinal, disto depende a maior ou menor aceitação que obteremos.

Quando aprendemos a confiar em nossa interioridade, ganhamos tal segurança que as opiniões alheias deixam de ter a mesma importância e, portanto, não as tememos como antes.

Ser fiel, acima de tudo, a si mesmo, é o segredo para uma existência livre de arrependimentos. Quando abrimos mão de nossos valores para agradar aos demais, o rancor certamente se instalará ao menor sinal de que nosso "sacrifício" não está sendo devidamente reconhecido e valorizado.

Passamos, então, a cobrar dos outros a conta de nossa infelicidade e a culpá-los por não nos dar de volta aquilo que esperamos. A única forma de evitar tal armadilha é aprender a dizer não para tudo aquilo que vá contra nossa verdadeira natureza.

"Não tenha medo do que as pessoas vão dizer. Nunca tenha medo da opinião das pessoas - que é a maior prisão do mundo. Uma vez que você não tem medo das opiniões das pessoas, você é livre! Essa é a escravidão sutil: alguém que está continuamente considerando os outros.

Gurdjieff costumava dizer "NÃO CONSIDEREM!" - e ele está certo. O que os outros dizem é o negócio deles e o problema deles, mas não tem nada a ver com você.

Apenas olhe sua própria natureza, e tudo que é jubiloso virá com ela. Esta é a sua responsabilidade. Você não responde para mais ninguém, você responde apenas para Deus. E Deus ficará feliz em aceitá-lo de volta como uma criança ... de volta como Ele havia enviado você aqui: limpo, puro, inocente de novo"....

O Ontem Foi

Uma infinidade de coisas pode afetar o seu brilho pessoal, mas dentre todas ela o sofrimento antecipado por coisas que na maioria das vezes nem se concretizam é a pior delas, isso esgota sua energia, modifica seus pensamentos e acaba com seus projetos futuros.
Toda essa definição pode ser resumida em uma única palavra medo, um medo do que pode vir a acontecer, um medo do futuro, um medo da solidão, enfim, podemos enumerar os mais diversos tipos de medo.
Se observarmos as pessoas bem-sucedidas, poderemos verificar que são pessoas que têm coragem de se levantar perante qualquer um e dizer o que pensam, são donas de seu poder pessoal e brilho próprio.
Muitas vezes perante os fatos da vida que nos surgem, nosso maior erro não é o não saber como agir, mas simplesmente o não agir, permanecer no estado que se encontra e reclamando.
Os fatos vividos e as circunstâncias aprendidas são tesouros que permanecem para sempre em nossa mente e nos levam ao grande discernimento ou como muitas pessoas dizem: aprendizado de vida!
O equilíbrio energético em nossas vidas, conseguido pela elevação das freqüências vibratórias, proporcionado pela mesa radiônica, faz com deixemos de nos preocupar com o que se encontra distante de nós, seja no passado ou no futuro e faz com que passemos a agir no presente, que é o que realmente está ao nosso alcance.
O peso do que será o amanhã, mais o que ocorreu ontem, potencializado no dia de hoje faz com que muitas pessoas sejam energeticamente destruídas.
Este equilíbrio energético proporcionado pela radiestesia, através da utilização da mesa radiônica, faz com que o futuro seja isolado, bem como o passado e que o hoje seja vivido intensamente; isto representa estar presente 100% em cada momento de sua vida. Como é mais fácil e maravilhoso viver assim!
O equilíbrio energético faz com que pela elevação das freqüências vibratórias possamos analisar as causas e efeitos de nossas vidas, conduzindo-nos a estratégias definidas e planos construtivos. O desequilíbrio energético leva-nos a uma elevação de freqüência mental e emocional, isto significa que tudo que você faz e planeja dá errado ou não se concretiza.
Muitos afirmam que grande parte dos pacientes internados em hospitais padecem do mal do ontem, ou do que será o amanhã.
Uma pessoa quando restabelece seu equilíbrio energético, consegue analisar as situações imaginando o que de pior poderia acontecer e, então, traça um plano completo e estratégico sobre este pior; perdoa cada pessoa envolvida e aceita o aprendizado, caso necessário.
Feito isso, mesmo que esse fato negativo nunca venha a se concretizar, a estratégia está montada, e é possível, então, viver o dia de hoje.
O desequilíbrio energético acaba com a nossa capacidade de concentração, a nossa mente passa de uma coisa para outra, sem definição nenhum.
O mais importante em tudo isso é dizer: faça algo para modificar o que não está lhe fazendo bem! Você já pensou em contar as horas que gasta com pensamentos do tipo: o que conquistei até agora na vida; se o seu chefe quis dizer alguma coisa com aquela frase solta; se a nossa aparência está agradando a todos. São inúmeras as horas gastas, para não dizer desperdiçadas, pois são horas sem propósito definido de resolução.

Luzes e Sombras.

Todos nós nascemos emocionalmente saudáveis. Nos amamos e nos aceitamos, sem julgar sobre quais são nossas partes boas ou ruins. Nosso ser está íntegro, vive o momento e manifesta livremente o "Eu". Ao crescermos, começamos a aprender com as pessoas à nossa volta que nos dizem como agir, quando comer, quando dormir, e começamos a fazer distinções, Percebemos quais são os comportamentos que nos garantem aceitação e quais os que provocam rejeição. Com isso, passamos a confiar ou odiar àqueles que nos rodeiam, de acordo com essas respostas. Tudo isso nos desvia da possibilidade de viver o agora e impede que nos expressemos espontaneamente.

Aprendemos que o amor é uma expressão apenas da compaixão e da generosidade. Mas não é bem assim. O amor se representa também pelos sentimentos da raiva, do ódio, do desejo, do ciúme, da dissimulação, da vingança. Jung uma vez disse: "Prefiro sentir-me inteiro do que ser bom".

"A sombra é tudo aquilo que está em nós que não gostaríamos de ser. A sombra se apresenta com muitas faces: aterrorizada, ambiciosa, zangada, vingativa, maligna, egoísta, manipulativa, preguiçosa, controladora, hostil, feia, subserviente, vulgar, fraca, crítica, censora etc. Devemos nos perdoar por sermos humanos, imperfeitos". Afirma Debbie Ford, em seu livro "O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz", da editora Pensamento.

Percebi trabalhando em consultório que as pessoas se ressentiam por serem boas e fazerem bem os seus papéis de mães, esposas, funcionárias, filhas, etc. e que não obtinham resultados ou aprovação, muitas vezes se vendo criticadas por detalhes irrelevantes. O primeiro impulso era sempre de culpar o outro por não lhe acolherem ou elogiarem, mas, na verdade, as pessoas do lado de fora apenas estão fazendo o seu papel de mostrarem a elas o quanto elas estão vivendo apenas uma parte delas mesmas. Essas pessoas passaram um bom tempo de suas vidas ouvindo "não seja isso ou não faça aquilo".

Essas "más qualidades" acabam constituindo sua sombra. E, com o passar do tempo, toda essa repressão torna-se uma bomba-relógio ambulante esperando para explodir em cima de qualquer um que cruze o seu caminho. Perde-se muito tempo tentando esconder o lado imperfeito de si mesmo que acaba não vivendo o lado bonito, Todos nós temos uma sombra que é parte da nossa realidade total, e essa sombra está presente para nos indicar em que ponto estamos incompletos. Como conseqüência, você não tem paciência com os outros que expõem suas imperfeições, tornando-se intolerante e crítico(a). Diante do seu julgamento, ninguém é bom o bastante, o mundo é um lugar terrível e todos estão metidos em encrenca. Você começa a achar que o seu problema surgiu porque nasceu na família errada, teve os amigos errados, seu rosto e seu corpo não são o que deveriam ser e, ainda por cima, mora na cidade errada e freqüenta os lugares errados. Você acredita que essas circunstâncias externas são a causa da sua solidão, da raiva e da insatisfação.

Nossa sombra nos ensina sobre o amor, a compaixão e o perdão. Aqueles ingredientes necessários para tocarmos a nossa essência divina que, por ser perfeita, convive bem com os dois lados de expressão. Lembre-se que você ainda vive num sistema de dualidade, portanto, precisa viver as 2 manifestações ditas do bem e do mal.

Mas a repressão dessa sombra também nos leva a reprimir a nossa luz. Muitas vezes não deixamos sair os nossos melhores talentos pelo mesmo motivo. O que reprimimos seja de bom ou de ruim, nos faz restritos, limitados em nossa vida.

Cada filamento do seu DNA carrega a história completa da evolução da vida e das características de toda a humanidade. Isso significa que você, nesse momento, pode ser qualquer coisa, basta focalizar dentro de você essa característica e ela se projetará em oportunidades externas. Se você se vê como uma pessoa feliz, bem sucedida, realizada em seus projetos, isso se expressará do lado de fora, criando os caminhos pelos quais você trafegará. Somos o que pensamos, por isso, o que pensamos encontra primeiro eco do lado de dentro para depois buscar o espelho do lado de fora e vice-versa. Gunther Bernard disse: "Nós escolhemos esquecer quem somos e depois esquecer que esquecemos".

Na infância, temos as primeiras referências que são pai e mãe. Essas imagens ficam internalizadas em nós e passamos a admirá-los, respeitá-los, e também odiá-los. A partir de então, ou nos aproximamos deles copiando-lhes o comportamento ou nos distanciamos deles sendo diametralmente opostos. De um jeito ou de outro, não somos nós mesmos. Na terapia da integração familiar, o que o paciente faz é conversar, através da minha canalização dessas imagens, com cada um deles e aceitá-los, acolhê-los e libertá-los, pois se eles são assim, é para espelhar o que somos e viemos aqui tratar em nosso projeto reencarnatório. Se o pai é alcóolatra, ele veio para tratar do seu alcoolismo, Se sua mãe é perversa, é para te ajudar a tratar de sua perversidade. Quando acolhemos e perdoamos eles, na verdade estamos nos perdoando sobre aquilo que aqui viemos cuidar.

Amor e compaixão por nós mesmos é um sábio sentimento para que possamos viver plenamente o nosso Ser. Não se chega à luz sem atravessar a sombra. Todos os seres que atravessam o nosso caminho estão nos mostrando algo que se reagirmos mal, certamente ainda não está resolvido em nós ou mesmo consciente. Quanto mais reprimimos o que nos parece feio em nossa personalidade, menos expressamos o que é considerado bonito nela.

Um exercício bom para isso é fazer uma lista do que não gostamos em nós, junto com as características que vivemos criticando nos outros. Depois da lista pronta, inicie dizendo "eu reconheço e me aceito assim.... (comece pelo item 1) e me perdôo, pois tenho certeza que tornarei essa característica a meu favor". Faça para cada um deles, mesmo que seja difícil no começo, repita quantas vezes puder. Verá que as pessoas que o estão provocando sobre as coisas que você não quer ver em você, mudam de atitude e até de sentimentos sobre você.

Tudo isso serve também com o lado considerado positivo. Se você admira uma qualidade em alguém, ela estará reprimida em você também. Repita o exercício acima para o positivo. Deixe-o sair. Se alguém traz algo para você ver e você fica fascinado(a), com certeza esse talento faz parte de você. Permita-o existir livremente, mas sem compará-lo, pois cada um de nós é talentoso de uma forma especial. Todos somos o que todos são. Por isso, nada de julgar ou criticar. Diga a você que se aceita com todas as partes boas ou ruins reconhecendo-as com o mesmo amor. A partir dessa atitude você está pronto(a) para SER plenamente e inteiramente a expressão de Deus.

As Várias Faces do Amor

O ser humano experimenta, basicamente, três formas de amor, identificadas pelos antigos gregos como
eros, que esta centrado na dependência dos parceiros;
filos, que se baseia na segurança; e ágape, o amor incondicional.

Por Mary Elizabeth Marloiw

Quando somos bebês e estamos nos braços de nossa mãe, parece que esses braços pertencem a nós, não a ela. Para a criança, a mãe é uma extensão de seu próprio corpo. No útero, é essa a nossa experiência, e assim, muito naturalmente, durante o primeiro ou os dois primeiros anos de vida, exigimos, pedimos e esperamos que nossa mãe responda automaticamente a todas as nossas necessidades, como se fossem as dela. Ela sente o nosso medo, o nosso desconforto, a nossa raiva, o nosso sofrimento.
À medida que a criança cresce, ela luta para manter o controle do que considera ser seu. Utiliza-se de várias maneiras para manter o controle: choro, raiva, força física. Tudo isso é um esforço determinado para fazer com que a mãe se comporte como uma extensão da própria criança.

Nosso primeiro relacionamento é uma relação de concordância com o outro. Não sabemos nada sobre separação, não temos nenhuma idéia do que seja o "eu" separado da mãe. Assim, à medida que nossa experiência se desenvolve, o resultado é a separação. Muito cedo, percebemos o inevitável: "Eu sou eu, você é você, e nossas necessidades são diferentes." Sem dúvida alguma, nossas necessidades como indivíduos vão se chocar num determinado ponto. E cada um de nós vai considerar necessário trabalhar arduamente para satisfazê-las, mesmo em detrimento de outras pessoas. Por isso, devido à necessidade de nos proteger e defender, criaremos uma barreira para o ego. Para isso, empregaremos a independência, a personalidade, o aspecto positivo e até mesmo a agressividade.
A ânsia de conhecer a nós mesmos como pessoas separadas continua à medida que crescemos, na adolescência. Nessa idade, tornamo-nos conscientes de nós mesmos como unidades distintas, separadas e apartadas de nossos pais. Reconhecemos que temos direitos sobre nós, incluindo o direito de nos expressar. Na maioria dos casos, a barreira do ego é muito bem estabelecida nesse período. O "garoto valentão", o "Sr. Legal" e a garotinha sarcástica, "metidinha", que você vê andando pelos corredores das escolas de ensino secundário são todos expressões desse instrumento precisamente projetado, criado para lidar com o relacionamento com os outros.
As barreiras do ego não são honestas. Elas não refletem o nosso verdadeiro eu. Em vez disso, expressam imagens que, acreditamos, vão garantir a aceitação por pane dos outros, vão atrair as pessoas para nós ou fazer com que elas nos admirem e queiram ser como nós. Desenvolvemos um conjunto de "jogos" que não são verdadeiros, mas que serve a nossos objetivos.
Então, eros nos fisga. Eros, "o deus de olhos vendados", atinge-nos com sua flecha, e aquela flecha penetra através de todas as barreiras do ego e de mecanismos de defesa que criamos com tanto cuidado. Somos atingidos. Caímos "apaixonados".

Isso se dá, surpreendentemente, de repente, razão pela qual nos referimos a isso como uma queda. Raramente, ou nunca, trata-se de uma escolha. Para nós, é como cair de um penhasco. Quase todas às vezes somos vítimas da experiência. Os relacionamentos eros acontecem ao acaso, geralmente com uma pessoa do sexo oposto, freqüentemente sem relação com razão ou lógica.
Os relacionamentos de eros são intensos, física e emocionalmente. O amor de eros percorre os hormônios, as glândulas e os órgãos, afetando as emoções em formas excêntricas. Esse tipo de amor manipula campos áuricos, elétricos e magnéticos, às vezes resultando em sentimentos, pensamentos e atitudes até então desconhecidos. Chamamos a experiência de "amor" quando, na verdade, não tem nada que ver com amor em seu sentido verdadeiro ou ágape.
Tipicamente não "nos apaixonamos" realmente pela pessoa, mas por quem queremos que ela seja. O amor de eros tende a ser fictício. Projetamos e fantasiamos nossas expectativas com relação a nosso parceiro. Projetamos nossa própria masculinidade reprimida (ou, no caso de um homem, a feminilidade) no outro, e "amamos" aquela pessoa porque achamos que ela tem algo que não temos. Achamos que ela tem uma qualidade que somos incapazes de expressar; desse modo, queremos essa pessoa porque ela tem aquilo de que precisamos. Chegamos ao ponto de dizer: "Eu preciso de você; conseqüentemente, eu o amo."
Mais tarde, acontece o inevitável. Começamos a perceber que as qualidades imaginadas nunca existiram. Começamos a ver o parceiro como ele realmente é, não mais como queremos que seja. O amor diminui gradualmente, e a experiência se torna dolorosa. Dói "desapaixonar-se".

Não conseguimos aceitar nosso parceiro como ele é e não nos vemos como seres que podem ser aceitos. Não somos completos ainda, por isso procuramos por alguém que nos complete, que preencha os espaços vazios. Nos relacionamentos eros, atraímos parceiros que têm o que falta em nós. E, quando encontramos a peça que faltava, achamos que ela forma uma dupla!
As pessoas se apaixonam por causa da correspondência de vulnerabilidades e inseguranças, não por causa da correspondência de forças. Eros é extremamente poderoso. As barreiras do ego que mantínhamos de forma tão eficiente vêm abaixo e "nos apaixonamos", apesar de não querermos ou pretendermos isso! Somos absolutamente impotentes.
Nesse tipo de paixão, a intensidade de eros é sempre temporária. É a mesma experiência feliz que se dá na infância com nossa mãe, representada novamente, a os resultados são os mesmos. Chega o momento em que acaba a lua-de-mel. Os problemas têm início quando, dolorosamente, começamos a reconhecer no nosso parceiro características que não são exatamente o que pensávamos. As defesas se erguem novamente à medida que os dois amantes começam, gradualmente, a reaprender que são pessoas diferentes, com identidades diferentes.
Às vezes, rapidamente saímos do relacionamento que fracassou e, como remédio, procuramos outra pessoa por quem nos apaixonar. Acalentamos a idéia de apaixonar-nos e viver felizes
Ou ainda você pode querer sentir-se culpado com relação aos seus sentimentos. A culpa é algo que criamos para evitar tomarmos uma decisão. Uma das dificuldades com o amor de eros é que fomos programados para pensar que sentimento e carinho profundos com relação a um membro do sexo oposto significa que temos de expressar aqueles sentimentos sendo íntimos fisicamente. Intimidade é um sentimento tão raro que, quando a alcançamos, não sabemos o que fazer com ela - exceto ir para a cama!

Quando um relacionamento é expresso sexualmente, a natureza dele muda de maneira automática. Não quer dizer que é melhor ou pior, mas mudam as coisas. Às vezes, não estamos dispostos a nos responsabilizar pelas nossas ações e protestamos pelo fato de as coisas "terem acontecido". Essa é uma resposta conveniente e não é honesta. É importante estarmos cientes das conseqüências de nossos envolvimentos e discutir abertamente por que queremos aquele tipo de intimidade, quais são nossas expectativas e o que esse tipo de troca significa para nós. É melhor fazer tudo isso antes de qualquer envolvimento.
E sempre existem outras opções. Você pode lidar com a atração, à medida que questiona o tipo de energia que está exteriorizando e que explora a ligação entre você e a outra pessoa. Que parte de si mesmo é avivada na outra pessoa? Tome a decisão de desenvolver essa parte sem depender de ninguém para estimular esses sentimentos. Entenda a dinâmica da atração a veja a possibilidade de vocês serem apenas amigos. Essas atrações nos dão novas oportunidades de explorar o nosso eu!
Filos - Depois do caos inicial da atração de eros, um relacionamento que muda de forma e se torna um relacionamento de compromisso pode cair na monotonia e continuar no "piloto automático". Em vez de separação, divórcio ou relações clandestinas, os dois parceiros se decidem por um relacionamento certo, seguro - e previsível. Isso define nosso amor como filos.
Filos que dizer: passamos pelo estágio da lua-de-mel e nos tornamos mais realistas no que diz respeito ao outro. Já nos "desapaixonamos" e começamos a nos reconhecer como indivíduos novamente. Começamos a reconhecer os valores do outro e nos comprometemos a partilhar a vida.

O amante do tipo filos sabe que é um ser separado da coisa que ama. A ênfase num relacionamento do tipo filos é geralmente material. A atenção está no próximo carro, numa casa maior, num emprego melhor, nos clubes mais agradáveis. O estilo de vida é importante. E o estilo de vida que conta é o que é considerado adequado e aceito pela norma. Isso implica algumas pressões e aceitação da família, da igreja, da sociedade, dos nossos.
O amor de filos é o tipo de amor que uma pessoa tem por um carro, por uma carreira ou por qualquer coisa pela qual ela tenha interesse, mas com a qual ela não se identifica, na medida em que quebra as barreiras do ego.
Num esforço para manter esse estilo de vida, freqüentemente as partes mais profundas do eu são suprimidas ou negadas. Os sentimentos e pensamentos mais profundos são sacrificados. Se lida com as questões, mas num nível superficial. "Vamos manter tudo agradável, com flores, e fingir que tudo está bem."
Freqüentemente, há um comportamento passivo agressivo subjacente, enquanto na superfície há a tentativa de passar mecanicamente pelas emoções. Geralmente, há respeito e verdadeira compreensão, embora não haja um conhecimento profundo do outro. Com freqüência, os parceiros vivem como estranhos, partilhando um espaço comum.
Às vezes, há um sentimento de resignação, ressentimento e tédio nos relacionamentos filos. Vocês falam, mas nunca conversam, olham um para o outro, mas não se vêem. Freqüentemente, você pode observar filos em ação em restaurantes, onde o casal fica de frente um para o outro, à mesa, e conversa muito pouco ou nada, simplesmente fazendo a refeição junto, passando o tempo. Mil pensamentos podem passar pela cabeça:
"Poderia ter sido diferente..."
"Se ele fosse diferente,"
"Se eu não tivesse renunciado à minha carreira,"
"Se nós não tivéssemos tido filhos tão cedo..."

Há o sonho do "que poderia ter sido" em sua mente, acompanhado de sentimentos de amargura ou culpa com relação ao parceiro dela, por não ser o homem que ela acreditava que fosse quando se casaram.
Geralmente, o que está faltando no relacionamento não é uma disposição para mudar ou para ser aberto, mas saber como fazer isso. O que se aceita é muito menos do que se poderia ter.
Às vexes, as razões para se manter um relacionamento são baseadas na necessidade. Precisamos manter a aprovação da família, da comunidade, da igreja, etc. Mesmo que o relacionamento possa não ser totalmente satisfatório, satisfaz em muitos níveis e talvez seja melhor do que ficar sozinho.
Por outro lado, um relacionamento filos pode ser vivido de formas diferentes. O compromisso de um relacionamento pode vir da firmeza. Pode haver uma firme determinação de fazer o melhor possível para manter a família unida e para proporcionar um ambiente familiar seguro a estável.
Uma vez firmado esse compromisso, não há necessidade de se concentrar no que está "errado" com a outra pessoa; basta tomar a decisão para operar a mudança positiva dentro de si mesmo. Dessa maneira, aprendemos a nos tornar responsáveis pela nossa própria felicidade, não fazendo com que os outros sejam responsáveis por nós. Sabemos que nossa decisão de estar com nosso parceiro é uma escolha. Sempre há poder na escolha.

Ágape não é algo que nos "acontece". É escolher amar, é uma decisão que tomamos com relação a uma pessoa, a várias pessoas ou a uma situação. Não é o fenômeno de se apaixonar, encontrado em eros, nem resignação com respeito a uma situação que acreditamos ser insatisfatória e imutável, como em filos. Ágape é amor incondicional, a forma mais rara de amar.
Ágape é maravilhosamente expresso na história bíblica de Rute, quando ela diz à sua sogra viúva e sem lar: " Para onde tu, fores, irei também eu. O teu Deus será o meu Deus."
Nós o encontramos novamente no amor de Davi a Jônatas. Os dois homens estavam dispostos a desafiar seu rei (e pai de Jônatas) pelo amor e para proteger um ao outro. Ágape ecoa na poesia de Safo, que escreveu versos apaixonados sobre a amizade pelas meninas de sua escola. Vemos ágape entre irmãs que partilham suas experiências e se dão umas às outras. Esse amor é evidenciado na devoção da mãe pelo filho e no animal que renuncia à sua vida em favor de seu dono.
Esse amor é demonstrado quando alguém renuncia aos próprios interesses em consideração ao ser amado. É voltar se para os outros.
Voltarmo nos para os outros significa estarmos dispostos a fazer coisas que não são necessariamente de nosso interesse pessoal. Significa cuidar e fazer mais do que foi pedido, não porque temos de agir assim, mas porque escolhemos agir assim, mesmo quando é inconveniente. Um aspecto importante para se observar: no amor ágape, o ato de dar não é visto como sacrifício, mas como uma escolha voluntária do coração. Esse nível de amor só pode se manifestar quando aquele que dá conhece e ama a si mesmo; desse modo, não dá amor para receber.
Num relacionamento, o amor de ágape diz respeito a duas pessoas íntegras que ficam lado a lado, partilhando um ideal comum. O amor, então, se expande a pode atingir muitas outras pessoas.

Vem me em mente um casal, em particular, como exemplo de relacionamento de amor ágape. Durante muitos anos, a mulher cuidou da família enquanto o marido seguia sua carreira como oficial nas forças armadas de seu país. Quando ele se aposentou, ela começou sua carreira como médica. Desde que se aposentou como militar, ele a ajuda a organizar sua ocupada agenda de trabalho e de professora. Os dois trabalham como um time, ajudando, juntos, as pessoas. Seu amor não é exclusivo, mas seu relacionamento é único. Os dois se tornam um por meio de ideais a objetivos comuns.
Quando nos elevamos para uma experiência de amor do tipo ágape com outra pessoa, somos capazes de partilhar a vida em condições de igualdade. "Os dois se tornam um" não quer dizer que criamos uma proteção à nossa volta para manter as outras pessoas do lado de fora. Ao contrário, criamos uma aventura de cooperação e de apoio mútuo ao expressar e explorar o amor ilimitado.