sexta-feira, 29 de abril de 2011

O mar
Autor: Jefferson Ulisses
O mar refletia o azul do céu. As águas se moviam formando ondas que vinham chocar-se com os corais. O som era relaxante apesar de se misturar com a conversa das pessoas.
Júlio estava deitado na praia. Os olhos fechados. Sua mente era um branco total.
Júlio queria ser feliz. Mas esse não era um pensamento, era uma aspiração.
A felicidade verdadeira andava por aí, mas ele não encontrava porque buscava algo que não era ela.
Depois que uma onda estourou em um rochedo Júlio pensou sem palavras: “Eu existo, apenas isso.”
O sol começava se por atráz da montanha. O céu ficava vermelho e o mar também.
Era algo muito belo que Júlio não se preocupava em ver.
Ele relaxava cada vez mais.
De repente algo cutucou em sua cabeça. Ele abriu os olhos e viu sua namorada sorrindo docemente.
As gaivotas sobrevoavam a água e as pessoas andavam de um lado para o outro.
O casal estava sentado na areia.
Aline perguntou:
- Você me ama?
Júlio respondeu:
- Amo.
- Duvido.
- Duvidando ou não a verdade é essa.
- Então responde olhando nos meus olhos. Você me ama de verdade?
- Eu te amo.
- Você está me dizendo isso só para me enganar.
- Pense o que quiser.
- Você parece distante. No que está pensando?
- Estou pensando em como as coisas são tão bonitas. As vezes me emociono de pensar nisso.
- Gostaria de sentir isso que você está sentindo.
- Talvez você sinta e não saiba.
- Como eu poderia sentir uma sensação tão boa e não saber?
- Talvez porque você sente essa sensação a vida toda e por isso já está acostumada. Enquanto que eu estou sentindo esta sensação pela primeira vez.
Aline encostou a cabeça no ombro de Júlio enquanto olhavam as águas avermelhadas.
Naquele momento Júlio sentiu uma gratidão muito grande por tudo que existe.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Enfim nós!!

Cheguei à triste conclusão que as mulheres ultimamente estão ouvido somente duas vezes na vida a bela frase “enfim nós “.
Primeiro ano de casamento uma beleza só, viagens, passeios românticos, hotel fazenda, enfim tudo que aproxima o casal.
Depois quando vêm os filhos, quando a mulher não esta mais bela como antes por conta dos anos passados, quando o seio de pêra se tornou seios de “pera” cintura.
Mulher não é quadro de algum artista que pode ser vendido e comercializado de qualquer modo.
Mulher é frágil, precisa ser cuidada, amada, querida, estimulada.
 Agora constantemente o que mais vemos são mulheres sendo mortas por seus maridos, um reflexo de que não conhecemos que ao nosso lado está.
Anos de convivência para se perceber que podemos estar dormindo com um monstro.
Mulher, olhe, escute o que agora vou lhe dizer:
No primeiro momento que o namorado, noivo, marido levantar a mão para ti sejas tu a dizer que ele não soube como abaixou a mão.
É inaceitável acreditar que temos mulheres que se sujeitam a serem humilhadas, agredidas.
Mulheres, flor do futuro, na primeira vez se separa não deixe que tenha a próxima vez porque com certeza ouviras pela segunda e ultima vez “enfim nós”.
Ei, cuecas de plantões, cuidado a Lei Maria da penha anda por ai em.
 Mulher não é objeto de propriedade masculina, se querem algo para espancar, humilhar, desprezar enfim, o que mais tem nos sex shop é boneca inflável, elas sim, podem realizar o sonho de muitos, sonho de dar prazer e adorar ser espancada.
Mulheres do meu Brasil Anil sejam mais enérgicas, vamos dar um basta nestas cenas tristes de violência.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Luto- Rio de Janeiro.

Voltando as origens, por um motivo triste eu volto a escrever em prosa, nunca pensei que o sangue me faria escrever palavras dolorosas.
Hoje o Rio de Janeiro está em luto, ao olharmos uma flor, uma criança não tem como não chorar, não lembrar.
Hoje a realidade é conosco, tudo o que víamos pela televisão e achávamos que tal brutalidade jamais nos atingiria.
 A pergunta agora é o que faz uma pessoa jovem em suas faculdades metais perfeita fazer uma loucura como essa?
Não tem como explicar é inconcebível a idéia de tal monstruosidade, é inaceitável, dolorido, comovente, inquietante.
Vinte quatro anos debaixo da camuflagem, falta de carinho? Falta de compreensão? Falta de orientação, resultado do Bulling sofrido quando menor? Nada justifica.
O que tinham haver as crianças? Criança que foram buscar autonomia, o desejo pelo aprender, criança que foram aprende construir um mundo melhor.
Agora vemos dor e sangue, não sou nem um pouco sensacionalista, mas não posso ser indiferente a dor da mãe que ao olhar as roupas de seus meninos e meninas lembrará que eles estavam em uma escola e foram assassinados, baleados, olhem, em uma escola não era em nenhuma balada Funk onde vemos jovens armados até os dentes, na escola não, na escola a maior arma é o livro, a calculadora, a borracha, a força de vontade, estas são armas boas para combater o descaso e injustiça, a escola é recanto sagrado, na escola tiramos os sapatos é solo santo( parafraseando).
Chorei, com certeza tu também choraste, os religiosos choraram, os professores, os policiais, até a "durona Dilma", todos choramos, ao chorar não iremos nos calar jamais.
Bom poderia discorrer muito mais sobre o assunto, no entanto prefiro resumir tudo em simples frase, ‘ se parar faz parte da jornada, por favor, me deixa puxar a cordinha?’
Meus sentimentos as famílias.
Luiz Fernando Oliveira.