sexta-feira, 18 de março de 2011

Boas lembranças.

Os olhos que só ele tem
As mãos
A voz doce
Seu jeito único de ser
Duro e brincalhão ao mesmo tempo
Lembro o tempo de criança
Quando em teu coloco me colocavas
Quando afagas meu rosto
Quando aquela brisa me fazia sentir seguro
Quando minhas pernas não tinham mais forças
E tu vinhas me acolher
Quando acordava ao meu lado  e te sentia
Quantas saudades dos puxões de orelha
Quantas imagens tu me mostraste
Quantos campos nós caminhamos juntos
A cachoeira que me lavou
A cruz que me salvou
A mão que me afagou
Saudade da inocência
Saudade quando andávamos ser saber para onde
Mas tu nos mostravas o caminho
Quantas orações juntas
Quantas refeições
E confraternizações
Terço
Améns e aleluias
O poço
A sede
A mão que me deu de beber
Nas doze horas
Quando as pessoas de boa fama na rua não estavam
Somente eu e tu
Somente tua voz dizendo que estava com sede
E sem noção dizia minha sede é maior
Tu tinhas sede de mim e eu de ti
Tu me procuravas e eu te encontrei
Tu partiste o pão para mim
Corremos nos campos
Nos meios dos lírios
E deitei tranqüilo
Posso te olhar novamente?

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